Galliard: maio 2007

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Café torrado, pó coado e água fervente...

Hoje eu vi trechos do meu passado em forma de fotografias amareladas. Sem perfume, sem som, sem calor, sem amor, sem saudade.

Fotografias amareladas.
Personagens que foram um dia e não são mais...
Cenários que mudaram e já desconheço.
Sombra.
Caminho percorrido,
Passos que se apagaram.

Fotografias Amareladas.
Era dia, mas nao vimos o sol...
De cima da lage as telhas caíram
o sol queimou
o tempo ruiu
o vento levou.

Amareladas Fo-to-gra-fi-as
Já nem quero saber
se era triste ou feliz
nao posso mais resolver
estas um dia se perderão
e eu lhe encontrarei noutras.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O Cinza, o céu e o cair da chuva...

Fonseca hoje às 05:40 am, tal como a longe Londres conservava um céu escuro e nuvens muito carregadas, mas estranhamente um clima seco e abafado que durou até que começasse a chover, chover forte. Maravilhoso dia para indisposição de muitos, que estarão agasalhados e entrecobertos por lençóis e preguiça. Já por outro lado vou me juntar aos poucos que sentiram violentamente um aumento no apetite literário e vou devorar meus novos livros, livros que ganho e compro mais do que compulsivamente ou talvez retomar alguns projetos e dar seqüência a um novo que eu mesma estou escrevendo.

Durante a semana conheci outros autores e fiz amizade com alguns deles, que sempre têm alguma coisa para me ensinar. Na sexta-feira irei a um evento de Arte, Cultura, Música, Literatura, enfim um grande acontecimento que vai reunir muitos poetas e outros artistas em São Gonçalo. Estou contente por ter sido convidada ^-^y Ontem e hoje venho fazendo contato com duas novas editoras que mostraram-se interessadas no meu projeto e vou seguir o conselho de um amigo, o Higor Pontes, também um maravilhoso escritor, vou guardar toda minha ansiedade para o dia do lançamento, deixando e resolvento com muita calma essas questões de ediçao e co-ediçao. Se o livro é bom, não deverá levar muito tempo para que isso se resolva, apenas preciso confiar no meu projeto e peço mais uma vez que meus amigos torçam para que dê tudo certo. É normal um certo receio, acredito.

Puxa nem consigo conter a vontade que eu tenho de avisar a todos que já deu tudo certo e que vai ser publicado, mas tenho que esperar mais um pouco.

Enquanto isso aproveito para ajudar a organizar a festa de noivado de uma grande amiga, Adriana Resende, sou a madrinha *-*~~~ Feliz!

É parece que eu me acostumei a ter muita coisa para pensar ao mesmo tempo, tanto que quando tudo fica calmo eu nem sei lidar com tanta tranqüilidade, fica tudo monótono demais pra mim, mas isso nao quer dizer que o correr bem das situaçoes, isto é, sem que os graficos das minhas emoçoes tenham altas e quedas repentinas seja ruim, mas eu logo acho que há algo errado.

Até que eu reconheço ser um tanto dramática. Mas aí que tá a beleza. Me amo assim, me amam assim, mudar pra quê?

terça-feira, 8 de maio de 2007

O sono e os próximos minutos...

Tem dias que a tati parece acordar com música, daquelas antigas ou quem sabe as regravaçoes da nossa MPB. E parte pra vida como quem torna essas musicas um hino, ou talvez somente viva com a ânsia de um compositor daquelas dos anos 90, como quem quer enquadrar o resto do mundo nos seus dramas pessoais ou liberar no ar milhoes de emoçoes e energias, e ela realmente vive dançando sem música, sem perceber.

ouça:

http://app.radio.musica.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umamusica&nomeplaylist=004587-1_10<@

domingo, 6 de maio de 2007

O caranguejo, a ponte e mais nada...

Era uma manhã fria, e um caranguejo cruzava as rasas águas da praia fazendo suas pinças parecerem mais perigosas do que são realmente. Se algo interferisse no caminho ele biliscaria forte, mas não cortaria. A ferida doiria mas não teria veneno. Se lhe abrirem a casca ele morre.

Minha rotina não tem mudado ¬¬ se escrevo, ou guardo ou publico. No trabalho faço as mesmas atividades (que gosto) todos os dias. E atravesso a ponte. E sinto saudade das mesmas pessoas. De domingo a domingo tem sido assim.

Uns e outros vêm e visitam meus textos e visitam minha vida, alguns ficam outros vão embora. Permanecem aqueles que eu gosto de primeira.

Aí eu atravesso a ponte e cada vez que faço isso o tapete continua sujo, há poeira por cima e por baixo principalmente. O tapete é a Baía e de dia são as nuvens ou a neblina, de noite são as luzes dos navios e estaleiros que dançam na superfície, mas a ponte é sempre a mesma.

Sempre o mesmo tapete imundo... Mas as inspirações mudam, e ora o caminho é apertado entre as filas de outros automóveis, neste caso estou presa; ora é um mundo que ultrapassa o estreito da abertura da janela e com o vento, as aves que voam baixo vai embora, neste sou livre.

Parecendo triste estou bem.