sábado, 30 de junho de 2007
Rios, madeiras e cupins...
Hoje eu faço o ultimo post do mês de junho, por enquanto soa como livrar-se de um semestre inteiro de rotinas, falta e saudades. Mas aproveitando momentos de retrospecto "boquiaberticos" vale lembrar que driblei a repulsa que sempre tive em compôr poemas. Eu que sempre fui a favor da liberdade da escrita não-ritmada e não-fonética enchi a mão num tapa violento no meu próprio rosto, isso porque cada linha escrita pereceu reter uma boa aceitação, o que para mim ressoa dramático e abstinente.
Alias, o que não soa dramático quando dito por mim?
=)
Tenho circulado em vários mundos, um deles não sei deixar por muito tempo, sempre acabo voando para ele feito passarinhos na primavera.
O outono, especialmente o mês de maio me revigoram na escrita de formas inexplicáveis e é maravilhoso espalhar um perfume no vento. Perco a idéia de dimensao que pode alcançar.
Julho aproxima-se como ímas magnéticos e o semestre passado se desprede de nós feito o rachar de um vidro de éter. E vejo ainda pessoas com aquela cara abobalhada de quem gosta de sentir o cheiro. O velho cheiro do passado.
É claro que essa despedida mórbida é algo pessoal, devido a coisas que não me fizeram tão feliz como eu queria, e talvez não seja assim para a maioria.
Lamento não participar de todos os eventos que fui convidada, preciso voltar a cavar o meu ouro $$ está sumindo. Lamento não ir no Anima mundi esse ano, isso me deixa triste mesmo.
Lamento que o meu livro, que deveria estar nas lojas neste mês de junho ainda não tem nem capa. É talvez eu tenha motivos para detestar esse ultimo semestre.
Julho é o mês do meu aniversário, aguardo alguma surpresa boa.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Sede, arte e maçã verde...
Preciso de arte. Arte. Arte. ¬¬ tá nem tanto...
Sede
Trama de sonhos
Trançado fino de encanto frio
Laçado em linhas de um cárcere vivo
manto roubado, olhar soturno.
Tramou-se o torpe
acorrentando um corpo livre
faz do grilhão conforto
calor engomado, sombra e luz.
Chamas de um canto claro.
Dançaram as luzes em tua pele.
Coberta ainda por um tecido cru
a malha, a penumbra esconderam tua fome.
Tramadas fazendas de cores.
Textura de suor e sede.
nem vento, nem brisa revelam
mas instintos se aguçam a visão de um corpo quente.
Linhas tramaram tear vaidade.
Cobriram meu desejo com nobres vestes
puniram com remendos este tato violento
rasgada a vergonha, tornei-me escravo da prisão que na loucura eu mesmo teci.
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Contorno, proporção e profundidade...
domingo, 24 de junho de 2007
Fada verde de asa cor-de-rosa...
Eu e o Felipe na festa de aniversário do Daniel (a fantasia, óbvio). Gostei muito apesar de no ano passado eu ter bebido mais, absolutamente nada supera a graça de ver a performace do Evandro como Seiya e o Bruno Sinkyro como Hyoga. ^^y Maravilhoso.
sábado, 23 de junho de 2007
O relógio, o tempo, e os minutos...
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Folhas, raizes e amor...
Vou postar algo que escrevi em Homenagem a Lord Byron, para apresentar no evento Uma Noite na Taverna, alias adorei cada momento do evento.
Quando passar pela floresta morta, não deixe vestígios seus nos galhos secos de arvores delgadas.
Corpo profano
te firo de longe.
Corpo marcado
te queimo em noites frias
te arrasto nos átrios de tua própria loucura
me afogo na cor, no calor do teu sangue.
Corpo profano
de carne perfurada
e pescoço retorcido.
Ainda vens procurar a dor?
tome as laminas da minha sede
crave as unhas no peito de teu predador.
Corpo profano
criaste para ti uma serpente
renunciaste tua pureza humana.
Sorvido de ti teu sangue
ficou a carne e pó
a sombra, e nenhum juízo
Pro-fa-no Corpo
te negarei a beleza da noite
e o poder dos séculos
Rasgarei teus tecidos
lhe cortarei outra vez
Ao saciar minha febre morrerás.
Quando passar pela floresta morta,não deixe vestígios seus nos galhos secos de arvores delgadas.
Nesta noite que foi dada a nós, afogarei a ti e teus desejos na correnteza das águas que estes ventos fizeram de mim.
Enveredaste neste caminho de águas frias e turbulentas, esquecendo que muitas ondas irão cobri-lo não para aquece-lo no escuro, mas para roubar o teu calor.
Longe de qualquer porto minhas aguas farão de ti um louco, escutará na noite o canto das sereias e navegarás num céu de escrelas soturnas invés de uma mar extenso e profundo.
Seguirá seu único caminho seguro se descobrir que no fim e no início sou uma chuva mansa (chuva pequena), mas grandes ventos fazem de mim uma grande tempestade.
_________
Há anos eu não volto aos textos que fizeram de mim uma louca apaixonada. Eram linhas de palavras doces que expressavam tudo o que eu gostaria de sentir e viver um dia, caso recebece a chance revelar que um mero trabalho de língua-portuguesa nunca foi razão para observar "os olhos" de ninguém.
A chance me foi cedida e logo pudemos todos(aqueles que participaram de alguma forma de toda a história naquela época, mais ou menos em maio de 2002, um ano agradável em cujos dias eu aprendi a sonhar e realizar sonhos e ainda conhecer e conquistar grandes amigos, amigos que mesmo longe estao perto, em mim, minha maneira de falar, pensar ou agir... Muitos refugios em momentos dificeis, enfim... todos esses. Senti amor, carinho, raiva, ciúmes com muitos deles e de muitos deles, e hoje estao tão inteiramente firmes aqui dentro. E eu só sei dizer o quanto foram e ainda são importantes) perceber que "os olhos" foram apenas título de uma busca muito bonita, um caminho entre árvores altas que o tempo cobriu com muitas raizes. O outono tornou muitas folhas amareladas e inverno as fez cair, mas a famosa estaçao das flores encarregou-se do melhor. E depois de tanto tempo que as palavras doces ficaram esquecidas que agente aprende a fechar e livro e começar uma outra história..
Tem um castanho-avermelhado lá no fundo do neutro verde, as vezes eu precisava olhar pra percebero quanto tudo em voce me faz feliz.
Eu te amo muito. Muito.
quinta-feira, 14 de junho de 2007
A arte, o coelho e a visita...
This Masquerade
Are we really happy here
With this lonely game we play
Looking for wild words to say
Searching but not finding
Understanding anyway
We're lost in this masquerade
Both afraid to say we're just to far away
From being close together from the start
We tried to talk it over but the words got in the way
We're lost inside this lonely game we play
Thoughts of leaving disappear
Each time i see your eyes
And no matter how hard i try
To understand the reasons
Why we carry on this way
We're lost in this masquerade
We tried to talk it over but the words got in the way
We're lost inside this lonely game we play
Thoughts of leaving disappear
Each time i see your eyes
And no matter how hard i try
To understand the reasons
Why we carry on this way
We're lost in this masquerade
domingo, 10 de junho de 2007
Caranguejo francês, elfos e tortas...
A poeira das ondas
A poeira das ondas do mar
salpicou saudade sobre nós,
espalhou no ar a tristeza de dias ausentes
arremessou nas rochas um desejo crescente
talhou nossos sentidos, sentimentos e amor
como se na areia brotasse flor
A poeira das ondas coloriu o céu
pintou seu sorriso
encobriu nossos pés de sonhos
sombreou o caminhar das palavras
do que dissemos nós
do que disseram sobre nós
A poeira das ondas torrenciais
esculpiu sua voz gentil
seu olhar febril
seu corpo e o meu
e fez de nós
artistas incrédulos de nosso próprio espetáculo.