
Falta muito pouco até que finalmente o viajante livre-se de Évora, seus pés caminham na direção oposta a tudo que ele quer, apenas para fazê-lo voltar cansado mais tarde.
Mais tarde contem algumas horas a mais que daqui a pouco, mas é logo depois de dentro em breve.
Mas lhe faltava apagar o início, então correu contra as pedras que caiam umas sobre as outras para descobrir qual delas era a primeira, mas quando ficou sabendo do passado fora arrebatado ao presente incapaz de mover o futuro.
Ninguém move o futuro! (sem conhecê-lo)
Havia um truque na manga, ele poderia usa-lo, porém acorrentou-se nas mentiras de interpretações falhas e cometeu graves erros.
Seria presenteado com a verdade, mas fora sido punido. E ela devolveria sua felicidade, seus planos se tornariam concretos e grandiosos, mas o medo afastou dele o amor e a confiança. Principalmente o amor.
E o futuro que lhe mostrou a fumaça será apagado e perdido como já acontecera com o incenso, mas isso não se dará pelo peso das palavras, oh não!
Tais visões serão invalidadas a cada instante que os extremos se aproximam e as semelhanças se afastam e tudo tornará a ser vazio outra vez, mas para ele o vazio é bem melhor do que o meio cheio.
Vai entrar na muda, vai contemplar a chegada da nova estação e vai sentir o inverno morno, nem 0,5 ºC mais frio que qualquer outro, se auto-denominando penitente vai vestir casacos novos no seu corpo velho.
Vai acabar evocando nas lembranças a razão do mal previsto. E verá que as peças se desviaram do tabuleiro xadrez e foram parar num extenso pied poule, já mudaram as regras e ele vai ter que aprender como se faz pra resgatar uma rainha que foi morta por suas próprias mãos (palavras).
Imagem: Ponte para Terabitia.