domingo, 30 de março de 2008
Acalma-te!
Dragão da sombra, eu pedi a ti que ficasse calmo!
Tens seguido as tradições
e tens honrado tua ordem
portanto, mesmo fraco você ainda cresce.
Apesar de nossa natureza ser a mesma
[somente em fome e essência],
eu silencio meus passos como areia de ampulheta
enquanto tu deixas o rastro da violência.
Não posso negar que também cuspo fogo,
mas você todo se inflama.
Assim, a beleza de nossa natureza
logo queima e vira cinza.
Não que haja em nós a pureza dos homens,
mas é a sabedoria dos dragões
que nos faz juízes do caos na Terra
então o mundo só gira com o bater das nossas asas.
sexta-feira, 28 de março de 2008
Arte de coelho do fogo Yin
Olhos de gato - Parte II
Eu me lancei entre os teus braços,
te fiz curvar sobre o meu ventre,
tomei teu corpo como um faminto
e abrigaste um forasteiro.
Teus sentidos ardem no arôma de sândalo
nos quatro cantos do meu domínio,
e quando a fumaça livra-se do quarto
não se vê pra quais lados giram os círculos.
E nem onde me perco
e nem onde encontro mais de mim.
Levando rosas no bolso esquedo da calça xadrez
exalaste incontestável charme.
Fizeste a chama acender
e eu fiz o fogo queimar,
desde agora e adiante
no instante em que as máscaras caíram.
Entre olhos de gato
e sob rito de sombra.
A perdoável conduta imperfeita
de quem prefere apenas pensar no assunto.
Feito olhos de gato
e feito vozes di falsetto.
É melhor errar sóbrio
do que acertar bêbado.
O provérbio das bactérias sãs
que levedam nas inundações do interior da mente.
Proliferam
e depois feromonizam.
E faz sorver o sabor dos seios
e sentir o calor da pele
querendo atravessar o espelho
com perfume, tato e suor arfante.
Conduzindo ao fim ou ao início, de sentimentos velhos e sensações novas.
Eu me lancei entre os teus braços,
te fiz curvar sobre o meu ventre,
tomei teu corpo como um faminto
e abrigaste um forasteiro.
Teus sentidos ardem no arôma de sândalo
nos quatro cantos do meu domínio,
e quando a fumaça livra-se do quarto
não se vê pra quais lados giram os círculos.
E nem onde me perco
e nem onde encontro mais de mim.
Levando rosas no bolso esquedo da calça xadrez
exalaste incontestável charme.
Fizeste a chama acender
e eu fiz o fogo queimar,
desde agora e adiante
no instante em que as máscaras caíram.
Entre olhos de gato
e sob rito de sombra.
A perdoável conduta imperfeita
de quem prefere apenas pensar no assunto.
Feito olhos de gato
e feito vozes di falsetto.
É melhor errar sóbrio
do que acertar bêbado.
O provérbio das bactérias sãs
que levedam nas inundações do interior da mente.
Proliferam
e depois feromonizam.
E faz sorver o sabor dos seios
e sentir o calor da pele
querendo atravessar o espelho
com perfume, tato e suor arfante.
Conduzindo ao fim ou ao início, de sentimentos velhos e sensações novas.
quarta-feira, 26 de março de 2008
Chuvoso
Quando tocam nas minhas coisas, eu sinto.
Mesmo quando não faço acordos...
Mesmo quando não faço acordos...
Insignator
um suspiro leve é quase consentimento.
Na minha carne a essência das palavras pintou caminhos,
e os signos se repetem...
Por onde a lata de ervilha não brilha,
pesadelos também viram alimento.
Fosforilando vontades que não digo
eis que os signos se repetem...
À direita vejo o norte
mas sempre acordo vendo o leste
à esquerda dos que falam
que estes signos se repetem.
Veia ourives entre artistas
pelas noites se divertem
mar de folhas, luz de vinho
e os signos se repetem...
Se minhas palavras fossem vis
meu beijo não provarias,
deixaria de lado o covil
e por fim não me amaria.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Red Apple
quarta-feira, 19 de março de 2008
Visão sóbria da embriaguez...
Olhos de gato - Parte I
Eu quero respirar o vento que caminha sobre a pele do seu rosto,
hoje não sou fogo, talvez seja só o calor que dissolve o horizonte.
Nestas últimas noites me deitei com o aroma de sândalo,
e sobre mim forrei lençóis vermelhos.
A dança adocicada me manteve sóbria, e então sorri.
Minha mente também preparara encantamentos
mas não fui capaz de os proferir,
freqüência dos pensamentos meus [e de outros] gravemente atingi.
O que fazes longe dos olhos do mal não fere ninguém,
é a trajetória do vento que espalha o fogo.
E se óleos do oriente te escorrem do pescoço até as coxas
é o outro corpo que inflama.
Tens seguido o rastro dos meus impulsos e coletado amostra dos meus desejos,
se a cera for pura, guardará tudo em frasco âmbar.
Eis a estrada de quem não segue as regras
acende velas quadradas e se livra do frio, mas o próprio toque permanece morno.
No primeiro dia do outono o entardecer passou correndo,
as cortinas entreabertas me esconderam do sol
mas a magia da arte só aconteceria na companhia da lua
depois que dois incensos queimam juntos, as cinzas pesam mais que o fogo.
Eu quero respirar o vento que caminha sobre a pele do seu rosto,
hoje não sou fogo, talvez seja só o calor que dissolve o horizonte.
Nestas últimas noites me deitei com o aroma de sândalo,
e sobre mim forrei lençóis vermelhos.
A dança adocicada me manteve sóbria, e então sorri.
Minha mente também preparara encantamentos
mas não fui capaz de os proferir,
freqüência dos pensamentos meus [e de outros] gravemente atingi.
O que fazes longe dos olhos do mal não fere ninguém,
é a trajetória do vento que espalha o fogo.
E se óleos do oriente te escorrem do pescoço até as coxas
é o outro corpo que inflama.
Tens seguido o rastro dos meus impulsos e coletado amostra dos meus desejos,
se a cera for pura, guardará tudo em frasco âmbar.
Eis a estrada de quem não segue as regras
acende velas quadradas e se livra do frio, mas o próprio toque permanece morno.
No primeiro dia do outono o entardecer passou correndo,
as cortinas entreabertas me esconderam do sol
mas a magia da arte só aconteceria na companhia da lua
depois que dois incensos queimam juntos, as cinzas pesam mais que o fogo.
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