domingo, 29 de abril de 2007

O frio, o palete e mais histórias de amor...

Amo dias frios, principalmente se eu estiver em casa com milhoes de recursos para me entreter.
Entre eles: velox, chocolate, e series do AXN. A gripe tá indo embora, por isso eu tô resistindo a ir no armário pegar um casaco grande e quentinho *-*
Espero que nao seja apenas uma frente fria, mas que esta temperatura demais agradável se prolongue até agosto, e de preferencia com pouca chuva.
Estou em casa, não exatamente a minha mas boa para ficar aninhada entre pessoas que eu amo muito e que me fazem muito bem. Vou adorar essa nova temporada em Niterói. Digo temporada porque as ultimas vezes em que eu tentei me instalar em algum lugar foram tragicos dias de ansia e medo de uma nova mudança, que nao durava 4 meses. Estou me sentindo melhor depois de relutar tanto mesmo nao tendo muita escolha. Parece que vai dar certo. Alguns problemas ainda nao aprenderam a atravessar a ponte e eu estou em paz.


Um palete é geralmente uma base de madeira, semelhante a um estrado de cama, porém é quadrado e posui quatro pés curtinho. É usado para sustentar e organizar diferentes materiais e equipamentos. veja um palete: http://www.medis.lt/baljurislt/images/palete%201.jpg
O uso do palete numa fabrica, mas especificamente na fábrica de cosméticos onde eu faço estágio (veja: http://www.pharmaval.com.br) tem várias funçoes, serve como a identidade dos produtos, sejam materias primas, reagentes, embalagens, produtos acabados e envados...
Um único elemento de um palete, quando é inspecionado é capz de condenar todo o conjunto. Paletes são quase como países, toda a nação e seus respectivos habitantes independente do que fazem caracterizam o nome do pais.
Eu estou num palete e nesse exato momento estão verificando os meus produtos.

Hoje eu estou com muita raiva, mas ainda apaixonada. Pensei muito e resolvi que nao é adequado retratar os fatos aqui.

A ponte, a gripe e outras histórias de amor...

Nasce o sol e na Alameda São Boaventura e os onibus partem lotados em direção Centro do RJ. Atravessar a ponte é sempre tão ruim e cansativo que minha mente as vezes costuma deixar o aperto do transito para se fixar ao costumeiro nevoeiro que permanece ao redor. Em alguns momentos decide ver através da janela o quanto a Baía se parece com um extenso tapete sujo de cor cinza-azulada. Pode ser confortante para algumas pessoas imaginar que certas situações conseguem ser piores que outras. Não no meu caso.


Minha gripe me deixou fraca e cansada, tô aprendendo que indiscutivelmente faça muito calor durante o dia, eu tenho que levar um casaco sempre que estiver atravessando o tapete. Na quarta-feira eu dormi na casa de uma amiga e a mãe dela cuidou de mim com comprimidos e xaropes. Tenho notado alguma melhora.

Há anos eu nao volto aos textos que fizeram de mim uma louca apaixonada. Eram linhas de palavras doces que expressavam tudo o que eu gostaria de sentir e viver um dia, caso recebece a chance contar a verdade revelando que um mero trabalho de língua-portuguesa nunca foi razao para observar "os olhos" de ninguém.

A chance me foi cedida e logo pudemos todos(aqueles que participaram de alguma forma de toda a história naquela época, mais ou menos em maio de 2002, um ano agradável em cujos dias eu aprendi a sonhar e realizar sonhos e ainda conhecer e conquistar grandes amigos, amigos que mesmo longe estao perto, em mim, minha maneira de falar, pensar ou agir... Muitos refugios em momentos dificeis, enfim... todos esses. Senti amor, carinho, raiva, ciúmes com muitos deles e de muitos deles, e hoje estao tão inteiramente firmes aqui dentro que eu só sei dizer o quanto foram e ainda são importantes) perceber que "os olhos" foram apenas título de uma busca muito bonita, um caminho entre árvores altas que o tempo cobriu com muitas raizes.
O outono tornou muitas folhas amareladas e inverno as fez cair. Mas a famosa estaçao das flores encarregou-se do melhor. E depois de tanto tempo em que as palavras doces ficaram esquecidas agente aprende a fechar e livro e começar uma outra história.

Tem um castanho-avermelhado lá no fundo do neutro verde, as vezes eu precisava olhar pra perceber.

Eu te amo muito. Muito.

sábado, 28 de abril de 2007

O primeiro, o segundo e o terceiro caso...

Sítio do Rocha, carnaval de 2007, em algum lugar perto de Pirassununga - SP
Nesses ultimos dias tenho me observado, me transformando num leitor aleatório, dedicado a conhecer mais sobre o que eu escrevo. Como autora, eu me coloco na posição de leitor, as vezes, mas queria concordar ou descordar com umas críticas diferentes que recebi neste ano e não somente descarregar uma explosão de loucura e outros pensamentos sobre as pessoas que me lêm.

Eu me conheço bem como pessoa, mas como autora tenho descoberto que sempre consigo sombrear palavras e cenas com alguma dose de mim, momentos doses leves outros doses embriagantes. Mas é assim.

Eu já disse uma vez a uma pessoa importante: "Espelhos. Uma imagem refletida é uma imagem invertida e não somos inverso um do outro, as semelhanças espantam".
A mesma pessoa importante também disse: "Então somos obras de mesma forma".

A exceção foi um espaço que o universo organizado de bilhões de pessoas criou para situaçoes que nao se enquadram às previsões que se aplicariam as demais. E o que está além do que se pode prever, ou seja, situações que não se aplicam ao primeiro caso(onde há sempre uma previsao clara e objetiva) nem ao segundo caso(onde as previsões nao se aplicam da mesma forma, mas ainda assim se espera algo) há um terceiro caso, onde se está livre. Uma falha nesse tal universo organizado. Os casos de exceções são poucos comparados ao primeiro caso, o terceiro é RARÍSSIMO. Consideraremos que sejamos pessoas importantes.

Ah, além dessas minhas loucuras habituais, observei que tenho chamado de impulso muitas de minhas obsessões. Deixando de perceber coisas sobre nós mesmo que adoram ficar nas entrelinhas, fendas que abrigam a natureza crua e perfeitamente imperfeita solitária e obstinada em lançar-se algum dia em toda a sua totalidade.

O.o o que será, ein?
Não digo u.Ù

Poucas coisas, algumas coisas e coisa nenhuma...


Oi, eu estive chorona hoje e queria escrever muitas coisas aqui, mas dediquei-me ao meu projeto(vestir a trama e as personagens enquanto criava mais um capítulo me fez muito bem). Estou deixando um texto que escrevi no dia 23 de maio de 2006 no meu antigo fotolog e um pensamento pouco apropriado mas considerável.

"Na verdade, a doença pode ser útil a um homem ou a uma tarefa, ainda que para outros signifique doença... Não fui um doente nem mesmo por ocasião da maior enfermidade". - Nietzsche


Descaracterizou-se a beleza desde o instante que a arte parou de imitar a vida.
Mario Quintana, pôs o óculos sob a mesa e viu muito mais do que era possível ver.
Nem tudo que existe pode ser visto, pode ser alcançado. Nem tudo que há pode ser provado.
E as coisas que eu vejo, são reais p/ mim, mas nao sao tudo o que há, nem tudo q qualquer um veja.

haha ^^

De tempos em tempos, as coisas se renovam. Conceitos caem, outros prevalecem.
Regidos pela lei q nao se pode prever. Há quem acredite que possa!
Eu nao uso óculos. Porque se eu precisasse usar, nao usaria.
Eles estariam, é claro, (como já estao desde q me conheço) sob a mesa.
A complexidade das palavras encobre a simplicidade de cada sentimento. Há quem veja as coisas como sao.
EU me deixo ser vista por elas.
Eu nao passo pelos cenários, os cenarios passam por mim.

A imortalidade de alguns momentos é algo que o tempo nao leva, nem distorce, transfere a vida.

Vida que vai.

Vida que vem.

A primeira interpretação disso é: se eu lhe disser q hj vc está cheio de vida, nao quer dizer que seu tempo de vida aumentou, e nao impede q no proximo segundo vc morra.
Talvez seja uma questao de intensidade.

Tem épocas que eu me admito como sou.

Momentos sou aquela que seriamente administra um grupo de laboratórios. ^^ Isso exige de mim, mais responsabilidade do que eu estou disposta a assumir. Mas consigo dar conta com muita competencia.

Momentos sou aquela que nao quer se apegar, nem levar a vida tao a sério. Eu e o resto do mundo mudamos tao depressa que as vezes nao se tem tempo para descobrir o valor das coisas, das pessoas.

Ainda com tantas perdas.
Ainda cedo.

Lamentar cansa, sofrer tb. Mas é inevitável. O que acontece é que depois de tantas situações. O tempo que se leva sofrendo é cada vez mais curto. Vamos concordar que o tempo que levamos mergulhados na angustia de casos impossiveis é futuramente arquivado como "tempo perdido". Se houvesse alguma forma de evitar que ela partisse, ela estaria viva. Foi a pior das perdas e talvez a mais significativa, pois desestabilizou as coisas e embora tanto tempo tenha passado ainda é ruim pensar que tudo poderia ser diferente. Tenho uma teoria de que meu lado frio, arrogante e egoísta parte do princípio que, nada foi(nem poderá ser) pior do que isso. E isso é algo que eu já superei faz tempo. E o fato superar isso, me faz esquecer q nao sou inabalavel.

Eu esqueço que a conclusao do mundo a meu respeito, baseia-se nas minhas reações (especialmente aquelas que eu deveria esboçar). Sendo assim, a margem de erro é grande.

Uma vez, um certo guaxinim que conheço cansou de se explicar para o mundo.

O mundo até deseja compreender, mas nao tem tempo. E se tivesse tempo nao seria capaz de ver as coisas como sao e o que representam com a mesma "precisao" que cada um vê e entende o universo.

Momentos sou objetiva e mais direta do que manda a situação (raro). Normalmente é acidental, é "qdo esqueço de tudo que lembre de mim" em virtude da espontanedade q me ocorre em poucas ocasioes.

Momentos eu esqueço que preciso ser clara para chegar a um ponto comum com o resto do mundo, ou quem quer que seja. Eu sou amante da loucura de ver um universo que passe por mim. Nao da sanidade que nos faz passar pelo universo. É sentir o frio, me encolher num casaco quentinho e ver q do lado de fora do quarto, as flores amarelas da velha arvore Ipê caíram formando um tapete lindo no chao da rua. Aquela imagem vai me arrebatar de onde quer q eu esteja e me levar para uma realidade que eu nem tento entender. Ora me trará lembranças, ora sonhos... Ou me levar para os braços da pessoa que eu amo. O meu corpo pára, meu espírito voa com o vento frio, espalhando as flores que se destacam na tarde de céu avermelhado que ameaçando um roxo bem ao fundo, anuncia a proximidade da noite.

Instantes assim eu nao me sinto artista, me sinto a própria arte.