
A magia do corpo,
que é bem diferente da mente.
O ruído de chuva agredindo telhas
e a água absorvida pelas raízes.
A arte de projetar a cor
é diferente de tecer os sonhos.
Assim, a neblina seria som
como a dança é música.
E dancei sem lobos,
mas provei o sangue.
E toquei e fui tocado
pelos quatro regentes do universo místico.
Com um quarteto de velas
que não afasta as trevas, mas aquece.
Cantei idiomas perdidos
vestindo essência de alecrim e sêndalo.
Correntes de aroma flutuante
no arder da nova força que conduz energia,
na fenda entre o espaço e o tempo
encontrei passagem para um novo terreno.