
Eu me lancei entre os teus braços,
te fiz curvar sobre o meu ventre,
tomei teu corpo como um faminto
e abrigaste um forasteiro.
Teus sentidos ardem no arôma de sândalo
nos quatro cantos do meu domínio,
e quando a fumaça livra-se do quarto
não se vê pra quais lados giram os círculos.
E nem onde me perco
e nem onde encontro mais de mim.
Levando rosas no bolso esquedo da calça xadrez
exalaste incontestável charme.
Fizeste a chama acender
e eu fiz o fogo queimar,
desde agora e adiante
no instante em que as máscaras caíram.
Entre olhos de gato
e sob rito de sombra.
A perdoável conduta imperfeita
de quem prefere apenas pensar no assunto.
Feito olhos de gato
e feito vozes di falsetto.
É melhor errar sóbrio
do que acertar bêbado.
O provérbio das bactérias sãs
que levedam nas inundações do interior da mente.
Proliferam
e depois feromonizam.
E faz sorver o sabor dos seios
e sentir o calor da pele
querendo atravessar o espelho
com perfume, tato e suor arfante.
Conduzindo ao fim ou ao início, de sentimentos velhos e sensações novas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário