sexta-feira, 28 de março de 2008

Arte de coelho do fogo Yin

Olhos de gato - Parte II

Eu me lancei entre os teus braços,
te fiz curvar sobre o meu ventre,
tomei teu corpo como um faminto
e abrigaste um forasteiro.

Teus sentidos ardem no arôma de sândalo
nos quatro cantos do meu domínio,
e quando a fumaça livra-se do quarto
não se vê pra quais lados giram os círculos.

E nem onde me perco
e nem onde encontro mais de mim.
Levando rosas no bolso esquedo da calça xadrez
exalaste incontestável charme.

Fizeste a chama acender
e eu fiz o fogo queimar,
desde agora e adiante
no instante em que as máscaras caíram.

Entre olhos de gato
e sob rito de sombra.
A perdoável conduta imperfeita
de quem prefere apenas pensar no assunto.

Feito olhos de gato
e feito vozes di falsetto.
É melhor errar sóbrio
do que acertar bêbado.

O provérbio das bactérias sãs
que levedam nas inundações do interior da mente.
Proliferam
e depois feromonizam.

E faz sorver o sabor dos seios
e sentir o calor da pele
querendo atravessar o espelho
com perfume, tato e suor arfante.

Conduzindo ao fim ou ao início, de sentimentos velhos e sensações novas.

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