sábado, 28 de abril de 2007

Poucas coisas, algumas coisas e coisa nenhuma...


Oi, eu estive chorona hoje e queria escrever muitas coisas aqui, mas dediquei-me ao meu projeto(vestir a trama e as personagens enquanto criava mais um capítulo me fez muito bem). Estou deixando um texto que escrevi no dia 23 de maio de 2006 no meu antigo fotolog e um pensamento pouco apropriado mas considerável.

"Na verdade, a doença pode ser útil a um homem ou a uma tarefa, ainda que para outros signifique doença... Não fui um doente nem mesmo por ocasião da maior enfermidade". - Nietzsche


Descaracterizou-se a beleza desde o instante que a arte parou de imitar a vida.
Mario Quintana, pôs o óculos sob a mesa e viu muito mais do que era possível ver.
Nem tudo que existe pode ser visto, pode ser alcançado. Nem tudo que há pode ser provado.
E as coisas que eu vejo, são reais p/ mim, mas nao sao tudo o que há, nem tudo q qualquer um veja.

haha ^^

De tempos em tempos, as coisas se renovam. Conceitos caem, outros prevalecem.
Regidos pela lei q nao se pode prever. Há quem acredite que possa!
Eu nao uso óculos. Porque se eu precisasse usar, nao usaria.
Eles estariam, é claro, (como já estao desde q me conheço) sob a mesa.
A complexidade das palavras encobre a simplicidade de cada sentimento. Há quem veja as coisas como sao.
EU me deixo ser vista por elas.
Eu nao passo pelos cenários, os cenarios passam por mim.

A imortalidade de alguns momentos é algo que o tempo nao leva, nem distorce, transfere a vida.

Vida que vai.

Vida que vem.

A primeira interpretação disso é: se eu lhe disser q hj vc está cheio de vida, nao quer dizer que seu tempo de vida aumentou, e nao impede q no proximo segundo vc morra.
Talvez seja uma questao de intensidade.

Tem épocas que eu me admito como sou.

Momentos sou aquela que seriamente administra um grupo de laboratórios. ^^ Isso exige de mim, mais responsabilidade do que eu estou disposta a assumir. Mas consigo dar conta com muita competencia.

Momentos sou aquela que nao quer se apegar, nem levar a vida tao a sério. Eu e o resto do mundo mudamos tao depressa que as vezes nao se tem tempo para descobrir o valor das coisas, das pessoas.

Ainda com tantas perdas.
Ainda cedo.

Lamentar cansa, sofrer tb. Mas é inevitável. O que acontece é que depois de tantas situações. O tempo que se leva sofrendo é cada vez mais curto. Vamos concordar que o tempo que levamos mergulhados na angustia de casos impossiveis é futuramente arquivado como "tempo perdido". Se houvesse alguma forma de evitar que ela partisse, ela estaria viva. Foi a pior das perdas e talvez a mais significativa, pois desestabilizou as coisas e embora tanto tempo tenha passado ainda é ruim pensar que tudo poderia ser diferente. Tenho uma teoria de que meu lado frio, arrogante e egoísta parte do princípio que, nada foi(nem poderá ser) pior do que isso. E isso é algo que eu já superei faz tempo. E o fato superar isso, me faz esquecer q nao sou inabalavel.

Eu esqueço que a conclusao do mundo a meu respeito, baseia-se nas minhas reações (especialmente aquelas que eu deveria esboçar). Sendo assim, a margem de erro é grande.

Uma vez, um certo guaxinim que conheço cansou de se explicar para o mundo.

O mundo até deseja compreender, mas nao tem tempo. E se tivesse tempo nao seria capaz de ver as coisas como sao e o que representam com a mesma "precisao" que cada um vê e entende o universo.

Momentos sou objetiva e mais direta do que manda a situação (raro). Normalmente é acidental, é "qdo esqueço de tudo que lembre de mim" em virtude da espontanedade q me ocorre em poucas ocasioes.

Momentos eu esqueço que preciso ser clara para chegar a um ponto comum com o resto do mundo, ou quem quer que seja. Eu sou amante da loucura de ver um universo que passe por mim. Nao da sanidade que nos faz passar pelo universo. É sentir o frio, me encolher num casaco quentinho e ver q do lado de fora do quarto, as flores amarelas da velha arvore Ipê caíram formando um tapete lindo no chao da rua. Aquela imagem vai me arrebatar de onde quer q eu esteja e me levar para uma realidade que eu nem tento entender. Ora me trará lembranças, ora sonhos... Ou me levar para os braços da pessoa que eu amo. O meu corpo pára, meu espírito voa com o vento frio, espalhando as flores que se destacam na tarde de céu avermelhado que ameaçando um roxo bem ao fundo, anuncia a proximidade da noite.

Instantes assim eu nao me sinto artista, me sinto a própria arte.

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