sexta-feira, 6 de julho de 2007

Retrospecto para os leigos

Bruxaria

Gosto de corpo, corpo sem gosto

Do tal ao qual atento desvio a tempo
Perdida na beira da eira
que este corpo jamais me queira.

Acordo entre acordes que não se concordam
Magia da terra que salpica cores
Do gosto que gosto, mas que não provo
me provoca mais horrores que sabores

O perfume das folhas enredam teu passo
Comes de minha carne, bebes do meu vinho
Da tela que sustenta a videira veio a corda, veio um laço
De longe o
aroma das uvas corromperam este compasso.

Garras nos olhos de quem te condena
Comerei a língua de quem te envenena.
Nenhum corpo lhe dará o gosto
que este afogueado e vaidoso armazena.

Alimento seguro não serpenteia
a caça me alcança, me encalça, me cerca
dos grãos da colheita, se não come, semeia
Celeiros fartos, livre de ratos.

Chaves para portas destrancadas
cortinas dançantes sem janelas
se lembrar de "esquecer" a porta aberta
certamente todo gosto de corpo sem gosto será consumido em puro desgosto.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bruxaria conta sim por esse texto com palavra usadas para simbolizar as sensações limitadas a essas pessoas que acreditam em unificar todos seus pensamentos voltados a bruxaria...

Anônimo disse...

Sobre esse assunto?

Bem, poderia escrever muitas linhas.

Mas me reservo a ficar calado, se bem que vc a poesia em si esta linda, e o assunto esta deveras subentendido...

bjo

Anônimo disse...

Engraçado, aos poucos está acontecendo algo que você não queria, na verdade nem pensava na possibilidade de alguma vez isso acontecer... você está virando poeta ^^

Muito belo seu texto, adoro sua forma de escrever.

Você é muito especial pra mim minha linda, te (e)?amo muito ^^