domingo, 18 de novembro de 2007

Karen Carpenter devia cantar minha alma, é exatamente como o som da sua voz.


No ritmo das areias do deserto.
Como se o vento me regesse os desejos,
eu escorrego por cima de mim,
e durante o dia é o sol que me aquece.

Só não derreto porque já sou fogo,
mas algumas noites eu apago,
me apago,
me faço curvar perante o frio, me apago.

Se algum dia
a ponta dos meus cabelos tocarem o teu peito,
e eu lhe disser que te desejo,
fuja.

Fuja porque ei de consumir-te.
E se sou areia, ventarei nos teus sentidos,
e se sou deserto te cobrirei de labirintos,
e se sou fogo, ei que devorar-te [no ritmo das areias do deserto].

Tatiane Ramalho

3 comentários:

Rodolpho Dutra disse...

Tens uma chave nas mãos com a qual abriu o coração de algumas pessoas. Não deixe essa chave se perder. Ela lhe será de grande valia no futuro.
As minha trancas são fechadas de outras formas, e do teu veneno/antídoto eu não bebo jamais. E caso bebesse, ainda sim seria eu imune aos efeitos colaterais.

Mas cuidado ao abrir o coração de outras pessoas, eles não são como eu, nem como você.

No meu caso, mesmo sem ter uma chave que abra as fechaduras, ele permanece aberto para você, os que moram dentro dele não precisão de chave, entram e saem quando querem.
E você é minha moradora preferida.

Bjo

Anônimo disse...

Fujo não. Não tenho medo de você não ¬¬ e se não gosto me pega.

Anônimo disse...

Já atualizei o não fode....
Dá uma passada lá....bjaum!!!