quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Metal e Fogo

Incandescência

Meu caro artísta,
venho por meio desta

saciar teu anseio,
de ferir com as mãos, meus segredos.

O poeta inflama os dardos
e os atira contra seus próprios demônios,
mas no fim fere a si.

Hoje conversei com os anjos
então pude ver o que antes nem suspeva que existia.

Que toda vez que dou as costas para luz
amplio minha própria sombra,

dou a ela a chance de ficar maior do que eu,
então desfaleço, e só sinto frio.

Nesta madrugada eu sei que já faz tempo.
Mas vamos esperar por janeiro,
antes de comemorar um ano de retrospecto.

Já faz um ano, mas só agora eu vi
que 50% do que eles pensam sobre mim sou eu mesma,

e o resto de mim sustenta os outros 50%,
que são tão irreais como...

Retrospecto.
Retrospecto.
Retrospecto.

Dor e Retrospecto,
retrospecto e dor.

Mais nada e nada mais,
por mais que nada haja, ainda haverá mascaras.

Eu saberei decora-las
mas eis o tempo, de ferir meus segredos

arranca-los de mim, com tuas próprias mãos
[que me tocam com amor]
antes que eles me sufoquem.

Um comentário:

Lady Vania de Tróia disse...

Iconoclata!!!

que bom lêr-te!!!

celebro-te e faz da magia a vida que vc é.