
terça-feira, 26 de maio de 2009
Imagem

segunda-feira, 27 de abril de 2009
Super---
sábado, 25 de abril de 2009
Fumaça

Aqueça a flexa do arqueiro
pra ver um alvo acertado.
Se as bruxas ruivas te feriram
livrai de ser ameaçado.
Cobre a porta com espinhos
e guardai tua fraqueza.
Enquanto o ego é dissolvido
contará com a sutileza.
Mas se o medo é passageiro,
pobre ego multilado!
Os locais se confundiram
e um de nós foi condenado.
Caçarás o cão fugido
pra agradar a realeza
a escuridão do teu sorriso
negava em ti qualquer nobreza.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
2.500m do nível do mar

Fogo Alto - Parte I
Quando o calor aumenta e se espalha num corpo inteiro,
ele deve ser levado.
Para além das paredes que transpiram,
e do olho embaçado.
Leve o fogo onde faz frio,
e a umidade tem firmeza.
A névoa envolve a montanha
e a terra é viva com certeza.
É quente a voz no nevoeiro,
e logo o "Eu" fica pesado.
Subindo atrás dos que partiram
tomando gosto do passado.
Queimei enquanto fui sentido,
conforme a minha natureza.
No mar lancei minhas mentiras,
até que as leve a correnteza.
Do alto vê-se o formigueiro
sem o temor de ser picado.
E a chama avisa que seguiram
a velha estrada do condado.
______
OFF:
Existem características únicas que separam o fogo de suas próprias cinzas.
Se o fogo começa, mesmo no chão, sua tendência é subir, ele sempre quer chegar aos céus consumindo tudo o que pode abraçar. No caso das cinzas, mesmo que esta seja gerada nas alturas, seu destino é cair e se espalhar ao pó mundano.
Sabe por que você está enraizado aqui? Estalando e ardendo imóvel, enquanto eu me encarrego de reduzi-lo, digamos assim, a algo menos coeso?
Só para que finalmente eu conheça o chão. O vento já me levou longe demais e a 2.500m o ar não me favorece tanto.
quinta-feira, 26 de março de 2009
A incrível arte de cozinhar

A porta é fechada de dia, e a panela aberta de noite.
O fogo queima e a carne arde.
Cabelo solto, vela... E avelã.
Allspice, molha e tempera!
Azeite e mel es-fre-ga a arte,
Mentrasto, uva, Aloe Vera
Lavanda, lótus, chocolate.
Avança, oh filhos do outono!
comei a flor da primavera.
Desce do seio o cardamomo
Pra invocar a tua fera.
Odor que entrega me ao faminto
que só devora com desejo.
Pimenta, cravo, amendoeiras
Macera, enterra o Paejo.
Escorrega forte, Fricciona
prove a mão da cozinheira
entorna sais e colorais
enquanto rasga a sementeira
Sua o rosto e o ventre ferve
sinfonia que ecoa
respirando acelerado
enquanto o ritmo não destoa
Óleo quente, gema,
e pau de canela.
Corta cebola e o palmito
pra rechear com segurelha.
Aquece o corpo ao forno a lenha
Arqueja o gosto entre o contato
deixai que o orvalho sobrevenha
e inunde o rosto do novato.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Incompleto

Verifique a caixa!
Guardai de nós o que te faz menino
Que cedo ou tarde a fé alcança
Que fora mesmo protegido
até deixar de ser criança.
Em poucos dias o fogo consome
a última marca feita na vela
se os cães espreitam com muita fome
Aprenda invocar a sentinela.
Verificai a cera!
Brilho intenso no pavio
ilumina o corpo inteiro.
A cera pura faz o fio
a espada o guerreiro.
Se é fogo, que acenda!
mas se terra, que vigorem.
dar-se-á a tua emenda,
e que o reinos te melhorem.
Verificai a chama!
Contornai a velha tríade,
entendei seu fundamento.
Se a brasa te agride.
Recusaram o argumento.
Se por ela condenado
ouvirão teu sofrimento,
Ai de ti, se recusado!
Não terá conhecimento...
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
O que vai ter para o jantar?

Sonolência
Venha jantar comigo,
não espere que anoiteça
se ouvirdes o que eu digo
não há mal que lhe aconteça!
Venha jantar comigo,
sob a lua acendei velas!
Sem azeite há perigo,
bradam flores amarelas.
Venha jantar comigo,
alimente a fé quebrada.
Veja como cresce o trigo,
confirmai a tua jornada!
Vem jantar comigo,
há pegadas nesta terra.
Quem já esteve contigo,
Começou aquela guerra!
Vem jantar comigo,
tem sementes, tem canela
rosmarino, basilico
noz-moscada e citronela.
Vem jantar comigo,
clama os pratos da balança.
Enquanto não jantar comigo,
a sua alma não descansa!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Em curta temporada!

Amáveis leitores, olá =]
Meu espírito poeta tirou férias,
quem sabe ele não tá por aí dando uma volta observando novas tendências (para ficar longe delas), ou pesquisando coisas tão antigas que quando voltar a postar aqui, o blog pode acabar exalando cheiro de mofo...
Ainda estou aproveitando o charme dos meus cabelos curtos pra simular um visual moderninho. Os contos e poesias da tati, por enquanto, vocês só irão ver em Uma Noite na Taverna, edição de Agosto, que ocorrerá dia oito no SESC de São Gonçalo.
Evoé!
Já meu espírito meliante e sacana está a todo vapor em: Rabo Listrado
falando sobre passeios, festas, lugares, vagabundagens e coisas de guaxinins curiosos.
Antes que eu esqueça de divulgar o novo grupo, de assuntos ligados a sonhos, magia, meditação e algumas terapias naturais. Em breve o novo Auspícius!
E ao iconoclasta, boas férias!
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Melhor de 25

acampamento: terreno já explorado.
bispo,O: sou eu mesma, e as vezes a Ordem...
casa branca, A: é um lado da balança, um conjunto de responsabilidades e objetivos.
casa preta, A: é o outro lado da balança, outro conj. de responsabilidades e outros objetivos(não opostos).
círculos: são fases; círculos que giram significa que veio ou virá uma nova fase.
contar as casas: prever os movimentos das peças, impedir um xeque.
dissolver o horizonte: está quase sempre relacionado a capacidade de analise, freqüência, filtro de informações pessoais, interceptação de intenções e/ou pensamentos, barreira entre a verdade factual imediata e a projeção de verdades futuras.
dragão, Um: quem usa magia.
évora: próxima estação, próximo iniciado, ou qualquer acontecimento importante que esteja próximo de acontecer.
fiannas, Os: pessoas que tem muito poder de atração.
fogo, O: geralmente sou eu, ou minha motivação para realizar algo.
forasteiro: Quem vem de fora para interferir ou quem esteve ausente por muito tempo.
frasco âmbar, Em: quando uma informação sigilosa fica exposta pra todos.
frio, O: antigas fraquezas.
fumaça, A: pretensão dos outros, os interesses alheios.
imunidade: descoberta da cura, através de alguns dias de dor.
morno: dificílimo de lembrar, informação ou situação que não foi devidamente armazenada na memória.
oferecer à balança: uma maneira de iniciar.
olhos de gato: é testemunha mas não fala nada a respeito do que vê, nem do que ouve.
rito de sombra: confabular, manter um acordo, assinar um contrato.
sândalices: atos inconseqüêntes geralmente ligado à arte e/ou magia.
torre, A: é o Dani.
velas do fim, As: encerramento dramático.
vozes de serpentes: encosto; quem fala verdade ou mentira de forma a querer envenenar.
xeque, O: uma surpresa; algo que não foi previsto; o que ninguém esperava que acontecesse.
*~Espero que tenha gostado~* ^^ até a próxima - Sessão do Desembrulho! _o/~
terça-feira, 1 de julho de 2008
1º de Julho, aniversários a vista!
domingo, 15 de junho de 2008
Voz do fogo

Quero invocar nosso fogo e conhecer tua essência
em teus sentidos interagir feito mulheres e flores.
Pois agora que nos fora tirada a inocência,
na magia ei de provar todos sabores.
A dança das chamas é o que mais nos diverte.
consome um corpo para que os demais se iluminem.
O brilho do vinho claro é o que nos adverte:
Não errem o cálice! Não se contaminem!
O fogo que arde nos olhos do tigre
em muito provocara os chacais
de longe há um forasteiro que intrigue
querendo torna-los rivais.
O ninho de palavras dificeis salvará os grãos
do reflexo das chamas que faz queimar a sorte,
ficarão seguros nas tuas mãos,
quando os viajantes não acharem o norte.
Ao menino distante, acordado por mim no meio da noite com uma proposta calorosa.
sábado, 7 de junho de 2008
Conto!

Falta muito pouco até que finalmente o viajante livre-se de Évora, seus pés caminham na direção oposta a tudo que ele quer, apenas para fazê-lo voltar cansado mais tarde.
Mais tarde contem algumas horas a mais que daqui a pouco, mas é logo depois de dentro em breve.
Mas lhe faltava apagar o início, então correu contra as pedras que caiam umas sobre as outras para descobrir qual delas era a primeira, mas quando ficou sabendo do passado fora arrebatado ao presente incapaz de mover o futuro.
Ninguém move o futuro! (sem conhecê-lo)
Havia um truque na manga, ele poderia usa-lo, porém acorrentou-se nas mentiras de interpretações falhas e cometeu graves erros.
Seria presenteado com a verdade, mas fora sido punido. E ela devolveria sua felicidade, seus planos se tornariam concretos e grandiosos, mas o medo afastou dele o amor e a confiança. Principalmente o amor.
E o futuro que lhe mostrou a fumaça será apagado e perdido como já acontecera com o incenso, mas isso não se dará pelo peso das palavras, oh não!
Tais visões serão invalidadas a cada instante que os extremos se aproximam e as semelhanças se afastam e tudo tornará a ser vazio outra vez, mas para ele o vazio é bem melhor do que o meio cheio.
Vai entrar na muda, vai contemplar a chegada da nova estação e vai sentir o inverno morno, nem 0,5 ºC mais frio que qualquer outro, se auto-denominando penitente vai vestir casacos novos no seu corpo velho.
Vai acabar evocando nas lembranças a razão do mal previsto. E verá que as peças se desviaram do tabuleiro xadrez e foram parar num extenso pied poule, já mudaram as regras e ele vai ter que aprender como se faz pra resgatar uma rainha que foi morta por suas próprias mãos (palavras).
Imagem: Ponte para Terabitia.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Mascara vs Mascarado
O desequilíbrio daqueles pratos
Ainda corre um fio de palavras
As folhas caíndo sempre em pares
II
Soltando os selos de Maressa
Deixai que escolha um propósito
Aliança que floresça
III
Ao ter o rio atravessado
Já teria me acostumado
A serpente tem um lado
sábado, 3 de maio de 2008
Triângulo

Aproveite o meu silêncio
'pondo' areias no lugar.
Enterrou cacos de vidro,
mas qual pé vai se cortar?
Aproveite o meu silêncio
veja a folha flutuar.
Na superfície deste espelho
que só faz te afundar.
Meu silêncio aproveite
ao minha voz inocentar.
As previsões que nunca deixam
nossa alma descançar.
Meu silêncio aproveitado
como bom aconselhar,
que juiz cria culpado
por prazer de se julgar?
De medir o meu silêncio
vê se pode aproveitar!
Ai daquele forasteiro,
que um de nós ousou tocar.
Pouco disto compreendo
não tentei modicar,
e no mais eu recomendo:
meu silêncio aproveitar.

terça-feira, 29 de abril de 2008
MAVOclasta

Arremessei a corda ao sol
medi com suor o rastro do vento
o papel que rabisquei aqueles pratos
ficou lá embaixo, no acampamento.

Acordarei em manhãs calorosas
pra me colocar entre as fendas
e tateando a textura das rochas
com o desprezar de oferendas.

Provar deste gosto é a corda no pescoço
é caminhar com o corpo suspenso
me movendo por impulso
a respiração, o coração, tu-do fi-ca tenso.

Subindo altura de acordes,
com um jeito provocante
abracei a minha morte
quando o frio se tornou cortante.

Teci erros, amei ingratos...
Mas me agarrei pelo bom senso
e o meu corpo foi bem mais alto
que a fumaça do seu incenso.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Tecendo as teias

Reconhecendo teus cenários
onde elementos se recriam
me ambientando nos horários
em que teus olhos já não brilham.
Segunda Porta
Me desenho entre as formas
compartilho um sentido
nas lembranças há reformas
do inconsciente oprimido.
Terceira Porta
Por teus padrões já torno exposto
as imagens arquivadas
e nos sonhos prova o gosto
das imagens reformadas.
sábado, 19 de abril de 2008
Casa branca
terça-feira, 8 de abril de 2008
Lindinho *-*
Eu vi isto,
então desisti de construir calhas entorno do meu coração.
Elas iam me garantir que os meus sentimentos não transbordassem, iam protege-los e me permitir ter controle sobre pra onde eles caminham e pra onde me levam.
Entretanto,
Eu-vi-isto!
E eu não posso negar que amo seu carinho de menino.
domingo, 6 de abril de 2008
Casa Preta

Sinestesia
Eu gostaria de acender as velas do fim,
mas quando ele vier posso nem estar aqui.
Deixarei ratoeiras em lugares estratégicos
para que alguns sintam em si, a própria vergonha, a qual têm evitado.
Só o cheiro da madeira já nos manteve aquecidos.
Entre os que dizem a verdade com vozes de serpentes fomos os menos capazes de torturar a mente com maus pensamentos, movendo-nos apenas para evitar o xeque.
A velha sensação de que se sabe bem o que está fazendo, perde-se no Black n' White do caminho. As vezes as peças param numa casa branca e de repente tudo se converte em entendimento, mas as próximas jogadas podem leva-las à uma posição mais obscura e a casa preta nem sempre nos camufla de nossos adversários.
A trança nos meus cabelos escuros faz com que eles pareçam menos revoltosos contra mim, eu desconfio por muitas vezes ficarem a favor do vento. São as linhas por fora e por dentro que dão peso a este meu argumento.
Não soube de ninguém que neste jogo contasse as casas [além de mim mesma], mas o próximo movimento me leva pra uma casa preta, bem no centro do tabuleiro e já é de se esperar que as peças menores reajam e saiam já do meu caminho.
domingo, 30 de março de 2008
Acalma-te!

Dragão da sombra, eu pedi a ti que ficasse calmo!
Tens seguido as tradições
e tens honrado tua ordem
portanto, mesmo fraco você ainda cresce.
Apesar de nossa natureza ser a mesma
[somente em fome e essência],
eu silencio meus passos como areia de ampulheta
enquanto tu deixas o rastro da violência.
Não posso negar que também cuspo fogo,
mas você todo se inflama.
Assim, a beleza de nossa natureza
logo queima e vira cinza.
Não que haja em nós a pureza dos homens,
mas é a sabedoria dos dragões
que nos faz juízes do caos na Terra
então o mundo só gira com o bater das nossas asas.
sexta-feira, 28 de março de 2008
Arte de coelho do fogo Yin

Eu me lancei entre os teus braços,
te fiz curvar sobre o meu ventre,
tomei teu corpo como um faminto
e abrigaste um forasteiro.
Teus sentidos ardem no arôma de sândalo
nos quatro cantos do meu domínio,
e quando a fumaça livra-se do quarto
não se vê pra quais lados giram os círculos.
E nem onde me perco
e nem onde encontro mais de mim.
Levando rosas no bolso esquedo da calça xadrez
exalaste incontestável charme.
Fizeste a chama acender
e eu fiz o fogo queimar,
desde agora e adiante
no instante em que as máscaras caíram.
Entre olhos de gato
e sob rito de sombra.
A perdoável conduta imperfeita
de quem prefere apenas pensar no assunto.
Feito olhos de gato
e feito vozes di falsetto.
É melhor errar sóbrio
do que acertar bêbado.
O provérbio das bactérias sãs
que levedam nas inundações do interior da mente.
Proliferam
e depois feromonizam.
E faz sorver o sabor dos seios
e sentir o calor da pele
querendo atravessar o espelho
com perfume, tato e suor arfante.
Conduzindo ao fim ou ao início, de sentimentos velhos e sensações novas.
quarta-feira, 26 de março de 2008
Chuvoso
Mesmo quando não faço acordos...
Insignator
um suspiro leve é quase consentimento.
Na minha carne a essência das palavras pintou caminhos,
e os signos se repetem...
Por onde a lata de ervilha não brilha,
pesadelos também viram alimento.
Fosforilando vontades que não digo
eis que os signos se repetem...
À direita vejo o norte
mas sempre acordo vendo o leste
à esquerda dos que falam
que estes signos se repetem.
Veia ourives entre artistas
pelas noites se divertem
mar de folhas, luz de vinho
e os signos se repetem...
Se minhas palavras fossem vis
meu beijo não provarias,
deixaria de lado o covil
e por fim não me amaria.
sexta-feira, 21 de março de 2008
Red Apple
quarta-feira, 19 de março de 2008
Visão sóbria da embriaguez...

Eu quero respirar o vento que caminha sobre a pele do seu rosto,
hoje não sou fogo, talvez seja só o calor que dissolve o horizonte.
Nestas últimas noites me deitei com o aroma de sândalo,
e sobre mim forrei lençóis vermelhos.
A dança adocicada me manteve sóbria, e então sorri.
Minha mente também preparara encantamentos
mas não fui capaz de os proferir,
freqüência dos pensamentos meus [e de outros] gravemente atingi.
O que fazes longe dos olhos do mal não fere ninguém,
é a trajetória do vento que espalha o fogo.
E se óleos do oriente te escorrem do pescoço até as coxas
é o outro corpo que inflama.
Tens seguido o rastro dos meus impulsos e coletado amostra dos meus desejos,
se a cera for pura, guardará tudo em frasco âmbar.
Eis a estrada de quem não segue as regras
acende velas quadradas e se livra do frio, mas o próprio toque permanece morno.
No primeiro dia do outono o entardecer passou correndo,
as cortinas entreabertas me esconderam do sol
mas a magia da arte só aconteceria na companhia da lua
depois que dois incensos queimam juntos, as cinzas pesam mais que o fogo.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Icones ao molho madeira

A magia do corpo,
que é bem diferente da mente.
O ruído de chuva agredindo telhas
e a água absorvida pelas raízes.
A arte de projetar a cor
é diferente de tecer os sonhos.
Assim, a neblina seria som
como a dança é música.
E dancei sem lobos,
mas provei o sangue.
E toquei e fui tocado
pelos quatro regentes do universo místico.
Com um quarteto de velas
que não afasta as trevas, mas aquece.
Cantei idiomas perdidos
vestindo essência de alecrim e sêndalo.
Correntes de aroma flutuante
no arder da nova força que conduz energia,
na fenda entre o espaço e o tempo
encontrei passagem para um novo terreno.
sábado, 5 de janeiro de 2008
~qarians vinndare~
Na cor dos seus cabelos
vejo a sombra dos seus pensamentos, que as vezes correm para luz apenas para cegar-me.
.
.
.
Nesta casa há muitos membros adoráveis,
pouquíssimos ventríloquos, raros andarilhos das teias...
Preservei-na, confortavelmente em meus terrenos,
até que você entenda
que não há razão para ter medo.
Não de nós.
domingo, 23 de dezembro de 2007
Green [red] apple
domingo, 2 de dezembro de 2007
Passarinho amarelo
sábado, 1 de dezembro de 2007
Bom dia

Depois de algumas horas entre os passarinhos e a pimenteira, eu encontrei a cura.
E foi bem natural.
Eu simplismente me assustei quando a poeira contaminou a minha placa de petri, que deveria permacer estéril, livre de qualquer crescimento de bactéria ou outro microoganismo.
Eu sempre fui capaz de contornar com bravura cada falha que este desfarse de poeta me fez cometer. Sempre me neguei compartilhar de alguns vinhos, apesar da boêmia me fazer cambaleante.
* * *
Algumas horas inconsciente, enquanto a cura percorria o meu corpo [que já foi tocado],
como eu disse, a poeira na placa... Mas enfim ela chegou a minha maçã verde [ao coração]. E eis que de um salto adrenalínico algumas funções foram restauradas.
Vou comemorar, agora.
sábado, 24 de novembro de 2007
Por trás da máscara...
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Metal e Fogo
Meu caro artísta,
venho por meio desta
saciar teu anseio,
de ferir com as mãos, meus segredos.
O poeta inflama os dardos
e os atira contra seus próprios demônios,
mas no fim fere a si.
Hoje conversei com os anjos
então pude ver o que antes nem suspeva que existia.
Que toda vez que dou as costas para luz
amplio minha própria sombra,
dou a ela a chance de ficar maior do que eu,
então desfaleço, e só sinto frio.
Nesta madrugada eu sei que já faz tempo.
Mas vamos esperar por janeiro,
antes de comemorar um ano de retrospecto.
Já faz um ano, mas só agora eu vi
que 50% do que eles pensam sobre mim sou eu mesma,
e o resto de mim sustenta os outros 50%,
que são tão irreais como...
Retrospecto.
Retrospecto.
Retrospecto.
Dor e Retrospecto,
retrospecto e dor.
Mais nada e nada mais,
por mais que nada haja, ainda haverá mascaras.
Eu saberei decora-las
mas eis o tempo, de ferir meus segredos
arranca-los de mim, com tuas próprias mãos
[que me tocam com amor]
antes que eles me sufoquem.
domingo, 18 de novembro de 2007
Karen Carpenter devia cantar minha alma, é exatamente como o som da sua voz.

No ritmo das areias do deserto.
Como se o vento me regesse os desejos,
eu escorrego por cima de mim,
e durante o dia é o sol que me aquece.
Só não derreto porque já sou fogo,
mas algumas noites eu apago,
me apago,
me faço curvar perante o frio, me apago.
Se algum dia
a ponta dos meus cabelos tocarem o teu peito,
e eu lhe disser que te desejo,
fuja.
Fuja porque ei de consumir-te.
E se sou areia, ventarei nos teus sentidos,
e se sou deserto te cobrirei de labirintos,
e se sou fogo, ei que devorar-te [no ritmo das areias do deserto].
Tatiane Ramalho
sábado, 17 de novembro de 2007
Kings Black 'n White

~Tabuleiro de xadrex, que fica guardado no armário~
Tem que ser muito cheio de marra para enviar o rei a frente das batalhas, logo o rei, a quem a maioria das pessoas costuma proteger, muitas vezes, entre as torres.
Mas é verdade.
Assim como há quem consiga hipnotizar o inimigo com o simples deslocar magestoso de uma peça tão frágil, e tão importante no jogo, também há quem alimente suas próprias doenças.
E há quem se livra delas, e há quem seja imune...
Eu sou o quê? [nunca seria capaz de referir-se a mim mesma com esse tipo de analogia, olhos mais atentos perceberão a hora]. Mas as vezes eu sou o veneno, e as vezes eu sou o remédio, mas sempre sou eu que administro as proporções das substâncias perigosas que circulam nos meus pensamentos e palavras.
Terça-feira eu tive uma noite agitada, mas no dia seguinte muita coisa ficou clara. Outras coisas estão muito bem estabelecidas:
Eu tenho sorte porque os meus inimigos não são nem metade poderosos quanto dissimulam ser, eles vivem de fazer ameaças.
E mesmo que eu tenha aliados bem mais poderosos, que organizam comigo um flanqueio bem preciso, onde os meus inimigos nunca se libertam do meio, eu ainda não alcancei minha ascensão.
Na busca dela,
arranquei do próprio peito meu coração calado,
embrulhei com outros sentidos e guardei numa caixa.
No lugar dele,
coloquei uma maçã verde, alias uma semente de maçã verde
que está crescendo.
O fim desta história só sabe quem precisa saber,
e esta pessoa sabe melhor do eu, porque pôs as mãos lá.
Estou presa no flanqueio dos meus desejos. Minhas ambições são GRANDES.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Mudando o layout com Quimerismo 4
domingo, 4 de novembro de 2007
~2 anos~

~Hoje, 04 de novembro de 2007 - nosso aniversário de 2 anos de namoro~
[Nas fotos: Iconoclasta e Sabbat, para os adeptos da tecnocracia]
Vou começar este post de uma maneira bem tímida, ^^ (embora mostre alguns lambejos de agudeza de espírito, eu também sou um pouco tímida).
Nunca foi facil falar de amor,
e pra atingir a profundidade, sempre se parte da superfície.
Cada vez que eu tento escrever sobre tudo o que eu sinto pelo meu bichinho *-* o fotolog me barra por exceder o limite de caracteres o.o felizmente eu sempre faço uso do ctrl + s (atalho p/ salvar).
Na verdade já faz mais de cinco anos que nos encontramos e nos apaixonamos, e apesar de terem se passado alguns anos até que nós finalmente reconhecemos que precisamos um do outro. Exatamente hoje já faz dois anos que nosso namoro começou, e nem o tempo e a distância puderam encobrir o que nos uniu desde o primeiro beijo.
Haha, agente estava de jaleco no ponto de ônibus do Habbib's [em 2002],
e ainda foi necessário que você perdesse incontáveis 541 para que a magia acontecesse.
Eu precisava admitir que meus textos falavam sempre de você e então agente também precisava dar o proximo passo... Sim, este [o primeiro beijo].
E no cair da noite, ao conseguir que este passo fosse dado, nos despedimos felizes. Mas o CEFET é um lugar onde os casais não dão certo, e eu vou avançar 3 anos nesta história, desde quando tornamo-nos libertos deste lugar pouco favorável.
É o que faz a vida,
é o que faz o amor.
Não somos um casal de sorte, a sorte é algo que eu creio bem menos que a maioria das pessoas. Cultivamos algo um pelo outro, uma ligação coesa que nos faz atravessar muitos problemas e converte-los em experiências que nos aproximam mais, sobretudo a amizade. Que torna possível a coexistencia harmoniosa entre nosso relacionamento e nossa individualidade, sem que essas parte se firam.
As nossas diferenças, tanto em experiência quanto gosto e preferências, são tão nítidas quanto a nossa capacidade de nos adaptar um ao outro, isso é tão maravilhoso *-*
Ainda não sei falar de nós dois sem parecer uma criança de boca aberta e ao mesmo tempo um adulto que sabiamente descreve suas análises, isso me intriga.
Nossos projetos para a vida, muitos e muitos anos mais tarde ou mesmo os de ontem foram sonhados juntos. Me orgulho muito de quem você é, de todas as coisas que me faz enxergar, do bem que a sua companhia me faz, do amor que eu sinto por você e do amor que eu sei que você também sente por mim.
Me impressiono e aprendo muito com a sua paixão pelos estudos. Você é um designer muito talentoso e amo quando me deixa colaborar com seus trabalhos. E o mais importante, amo-te por alimentar minha carreira de escritora. E apesar de eu não ser roteirista, e você gostar mais da parte de animação que design, eu já consigo imaginar o nosso estúdio. *-*
Como vamos chama-lo?
Entre todas as coisas bonitas que nós relizamos juntos, neste aniversário vou destacar os nossos sonhos.
Eu te amo.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Aqua - A água

Não passei nem meia hora contemplando o movimento da água muda.
Quando minha rotina incluiu atravessar a baía todos os dias, a imensidão de águas mudas não me impressiona mais.
E não seria um mero trocado refrescante que na sua efervescência me compraria mais alguns instantes de olhar fixo.
Adquiri o luxo de consumir ‘bem mais que apenas muito’.
Às vezes falo de corpos, de fome, de sede e de vontades, jamais de pessoas. Apenas de seus corpos, individualizando-os.
Alguns personagens são reais e desfilam seus corpos entre mim e minhas palavras (escritas) sem perceber que estão diante de sua própria imagem, projetada e refletida sob a minha óptica, que os devora de maneira sutil e ambígua.
De certo que, eu e minha escrita somos bons aliados, seja confabulando juntos em nosso favor ou um contra o outro. Parceria egoísta, que entre muitas fendas ou é base ou ruínas.
Relação singular ora para o bem, ora para o mal.
Nutrindo os laços ora com bravura, ora com fraqueza.
Oscilando entre lançar veneno e liberar antídoto.
Ela é uma arma precisa, que às vezes também me corta.
A meu favor e contra mim...
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Focu - O fogo
Focu
Há velas ao redor,
e a dança das chamas já nos queima.
Eia, cantar-te-ei meus delírios!
Tomai de mim o que em paz te ofereço.
Fuga dos seios aos suspiros
de um fogo puro que arde,
em parte com arte,
e o mais inflama.
Bendito seja quem te ama.
Trazei a mim meu desejo
e teu prazer há de chegar a meus ouvidos
e o suor da tua pele
e o som dos teus gemidos
encherá nosso cálice de vinho.
sábado, 6 de outubro de 2007
Sabor maçã verde

Observando de longe alguns desejos pouco ortodoxos.
Aguardando o instante de dissolver substâncias em excesso no organismo.
E como sempre, parecendo ter muitas idéias.
Escrevendo um livro.
Amaldiçoando o próprio corpo por sentir atrações indevidas.
Sentindo a temperatura cair.
Desejando mover as oportunidades.
Querendo rever pessoas.
Não querendo estar a sós com duas delas.
Fingindo que eles não percebem.
Não conseguindo esconder o calor da própria pele.
Vindo nas manhãs.
Partindo nas noites.
Com as chaves no bolso.
E preservativos na bolsa.
Nada comum.
Alias, ninguém jamais pensou que fosse.
Nunca soube ser comum.
Mas nem por isso chama muita atenção.
Fotografando coisas simples
(como a si mesma).
Recortando o foco com as palavras.
Embaçando sentido qualquer que faça.
Tatiane Ramalho - A Iconoclasta
sábado, 29 de setembro de 2007
"Inverno de Dante"
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Traços

Linhas, traços e pontos
Manchado de tinta até os cabelos
pontilhou papiros com idéias loucas
em seguir a linha dos pensamentos
fez esquerdas caminhadas com a embriaguez das mãos.
E dizia:
"Voltarei a mim, em breve"
em nada quis objetivar-se
e falavam
linhas, traços e pontos.
Estes pretendiam chegar na tua aurora
e fazer cantar os pássaros
e secar a lenha
e curar teus sentidos.
E diziam:
"Voltarei de ti, a tarde"
e nem quis citar a hora
eis que na incerteza bailavam
linhas, traços e pontos.
Nem que os sonhos se intrometam
interceptando o sussurro da noite que enviei;
lhe dará cor de sangue,
mas culpado serei eu.
Que disse:
"Serei teu nesta noite"
nem deixei perfume
e já fazia sol quando cantavam
linhas, traços e pontos.
Se eu lhe roubasse de ti
e em teu espirito percorressem
as ondas de minha voz
já seria acusado.
E fiz dizer:
"Já fui seu, serei meu agora"
e fazia ser dito
em linhas, traços e pontos.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Harano
os degraus eram baixinhos podia saltar-lhes facilmente.
Agora ela se foi
escapou como os pombos das praças do Vaticano.
(sem desviar do caminho)
=}
A XIII Bienal do livro aproxima-se, como na ultima vez irei nos três ultimos dias, onde comprei por R$5. livros que hoje são vendidos a R$40.
domingo, 9 de setembro de 2007
Yang

Olhando para direção do vento
quem o vê se esconde
só está perto quem agarrou-se a tempo
e não desejou descobri-lo.
Longe, longe porque deveriam estar
as estrelas brilham pra apagar o mar
no tapete das minhas vaidades dançaram muitas paixões
E eu as quis afogar.
Afogar.
Cobrir com água, inundar?
Afogar.
Cobrir com fogo, queimar?
Consumir.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Retilíneo e controverso
Eu observei bem a sua cara amarrotada,
e quis levantar meus olhos,
fazer com que você me visse
no instante que nenhuma outra direção era mais importante.
E brincar de ser você
e patinar entre as palavras que nunca digo,
mas você diz e eu as leio.
me cobrir de esconderijos e fugir do que eu quis que você quisesse.
A sua pele sob a luz do dia
ou a luz das minhas idéias,
(que jamais toquei)
abraçariam tudo que eu desejei aqui.
Não saberia sua maneira de dizer
sem querer me dizer
dizendo sem querer
me querendo sem saber.
Nunca mais me dera os mesmos sonhos
eu despertava pesadelos
e dormia em lençóis
dor-mi-a em lençóis.
uma dose tinta que eu desejei de você mesma.
Corpo marcado
te queimo em noites frias
te arrasto nos átrios de tua própria loucura
me afogo na cor, no calor do teu sangue.
Corpo profano
de carne perfurada
e pescoço retorcido.
Ainda vens procurar a dor?
tome as laminas da minha sede
crave as unhas no peito de teu predador.
Corpo profano
criaste para ti uma serpente
renunciaste tua pureza humana.
Sorvido de ti teu sangue
ficou a carne e pó
a sombra, e nenhum juízo
Pro-fa-no Corpo
te negarei a beleza da noite
e o poder dos séculos
Rasgarei teus tecidos
lhe cortarei outra vez
Ao saciar minha febre morrerás.
gritos de dor.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Mural de Crabs
-Cancerianos.jpg)
é útil e viciante. Esquerda; Hannar e Daniel, Direita; Rodolpho e Fianna. Eu no centro.
Ficou bonitinho ^-^
Bruxaria
Gosto de corpo, corpo sem gosto
Do tal ao qual atento desvio a tempo
Perdida na beira da eira
que este corpo jamais me queira.
Acordo entre acordes que não se concordam
Magia da terra que salpica cores
Do gosto que gosto, mas que não provo
me provoca mais horrores que sabores
O perfume das folhas enredam teu passo
Comes de minha carne, bebes do meu vinho
Da tela que sustenta a videira veio a corda, veio um laço
De longe o aroma das uvas corromperam este compasso.
Garras nos olhos de quem te condena
Comerei a língua de quem te envenena.
Nenhum corpo lhe dará o gosto
que este afogueado e vaidoso armazena.
Alimento seguro não serpenteia
a caça me alcança, me encalça, me cerca
dos grãos da colheita, se não come, semeia
Celeiros fartos, livre de ratos.
Chaves para portas destrancadas
cortinas dançantes sem janelas
se lembrar de "esquecer" a porta aberta
certamente todo gosto de corpo sem gosto será consumido em puro desgosto.
sábado, 1 de setembro de 2007
Eu tava triste, tristinho...
Os de outra espécie
talvez não possam me ouvir cantar,
'inda que minhas palavras cifradas
lhes percorram a mente.
De tudo pude alimentar-me hoje
no entanto de nada pude nutrir-me.
De que foram melodias febrís
senão ponte dum céu a outro.
Suas curvas são muito aceleradas
e as retas extensas parecem curtas
minha voz pingou na estrada
dissolvendo o combustível das idéias.
Exatas.
Humanas.
Erradas.