
Apesar de ter bastante informação e novass idéias para criar textos, hoje vou apenas me dedicar a criação do meu novo template.
Ah, estou melhor da gripe!
Não passei nem meia hora contemplando o movimento da água muda.
Quando minha rotina incluiu atravessar a baía todos os dias, a imensidão de águas mudas não me impressiona mais.
E não seria um mero trocado refrescante que na sua efervescência me compraria mais alguns instantes de olhar fixo.
Adquiri o luxo de consumir ‘bem mais que apenas muito’.
Às vezes falo de corpos, de fome, de sede e de vontades, jamais de pessoas. Apenas de seus corpos, individualizando-os.
Alguns personagens são reais e desfilam seus corpos entre mim e minhas palavras (escritas) sem perceber que estão diante de sua própria imagem, projetada e refletida sob a minha óptica, que os devora de maneira sutil e ambígua.
De certo que, eu e minha escrita somos bons aliados, seja confabulando juntos em nosso favor ou um contra o outro. Parceria egoísta, que entre muitas fendas ou é base ou ruínas.
Relação singular ora para o bem, ora para o mal.
Nutrindo os laços ora com bravura, ora com fraqueza.
Oscilando entre lançar veneno e liberar antídoto.
Ela é uma arma precisa, que às vezes também me corta.
A meu favor e contra mim...
Jonh Karwik
Na noite dos festivais de primavera, eu a vi na frente da Catedral de Saint Osthwarz na companhia de meu amigo K. Willian. Leknaat me foi apresentada como mulher de um ilustre cientista Austríaco que Willian conheceu dois anos atrás quando foi a Viena, mas sua pele levemente bronzeada e seus finos traços de rosto e corpo me levavam a pensar que se tratava de uma herdeira que viera de algum lugar do Oriente Médio. Meu amigo sumiu sem dar explicações e tive certeza que fora ela que o designara a algum destino misterioso. Preocupei-me, mas a dama parecia doce demais para ser capaz de fazer mal a alguém, ainda mais ao grande K. Willian, que há tempos viaja por toda a Europa sem temer qualquer perigo. Recusei-me desconfiar daquele olhar soturno, coberto de um brilho levemente perigoso, e daquelas palavras envolventes, mas sem que eu percebesse, a dama e seus encantos me conduziam para longe da cidade, para os terrenos escuros, para os portões da velha Haus Boüle* onde desde então parecia soberana sobre cada elemento presente no caminho de seu átrio.
Atravessamos o extenso jardim do casarão, eu observava as assustadoras estátuas de pedra enquanto poucos passos à frente ela desviava dos galhos pontudos das árvores baixas e finas, não quis temer o estranho perfume de flores mortas que Leknaat deixava para trás, apenas desejava chegar até o fim. E o fim não estava tão longe quanto eu pensava, e quando subimos a escadaria da Haus Boüle, um som suave de arpejos nos recebera na escuridão do salão de entrada, e num momento, num breve lampejo talvez induzido pelo cenário sombrio, vi a figura de Anúbis me cumprimentar com um leve inclinar de cabeça. Os antigos egípcios diziam que ver um cão, a figura que representava Anúbis, no meio da noite era um mau presságio. Era o sinal de que a morte estava por perto. Mas um alemão não se importa com essas religiosidades egípcias pagãs...
Ela me deu a mão quando me viu distraído e me conduziu pelos corredores pressionando os dedos frios sobre os meus, roubando-me o calor das mãos. Naquela noite fria ela me envenenou.
Sede
Trama de sonhos
Trançado fino de encanto frio
Laçado em linhas de um cárcere vivo
manto roubado, olhar soturno.
Tramou-se o torpe
acorrentando um corpo livre
faz do grilhão conforto
calor engomado, sombra e luz.
Chamas de um canto claro.
Dançaram as luzes em tua pele.
Coberta ainda por um tecido cru
a malha, a penumbra esconderam tua fome.
Tramadas fazendas de cores.
Textura de suor e sede.
nem vento, nem brisa revelam
mas instintos se aguçam a visão de um corpo quente.
Linhas tramaram tear vaidade.
Cobriram meu desejo com nobres vestes
puniram com remendos este tato violento
rasgada a vergonha, tornei-me escravo da prisão que na loucura eu mesmo teci.
Are we really happy here
With this lonely game we play
Looking for wild words to say
Searching but not finding
Understanding anyway
We're lost in this masquerade
Both afraid to say we're just to far away
From being close together from the start
We tried to talk it over but the words got in the way
We're lost inside this lonely game we play
Thoughts of leaving disappear
Each time i see your eyes
And no matter how hard i try
To understand the reasons
Why we carry on this way
We're lost in this masquerade
We tried to talk it over but the words got in the way
We're lost inside this lonely game we play
Thoughts of leaving disappear
Each time i see your eyes
And no matter how hard i try
To understand the reasons
Why we carry on this way
We're lost in this masquerade